11. Invente um ditado aos moldes da sabedoria popular, a exemplo de “A fé remove montanhas” e “A esperança é a última que morre”.

Essa foi fácil, eu já tinha inventado há tempos… “Paz na mente, paz no ambiente”.

12. Escolha uma parte do seu corpo e a descreva, destacando emoções e características de personalidade. Por exemplo: “meu mindinho da mão direita é rebelde e individualista: sempre foi um pouco torto pra fora e nunca aparece juntinho dos outros nas fotos”.

Meu cabelo tem vida própria, ele decide como quer estar. Já cheguei achar que ele me odeia mas descobri que isso não é verdade. Ele é a mais evidente marca registrada que trago em meu corpo de que sou filha do meu pai, neta da minha avó e sobrinha das minhas tias e tios. Em todas as fotos de família lá está o ‘topete’ característico dos meus ancestrais. Eu e meu cabelo já brigamos muito nesses anos todos de convivência, mas ele sempre venceu cada luta. Por isso, com o tempo, aprendi a respeitá-lo. Entendi, por exemplo, que ele adora mudanças – já me deixou isso bem claro – eu o estico mas, se ele não quer estar liso, simplesmente encrespa. Eu jogo a franja pra esquerda mas ela se joga pra direita e pronto! Detesta a mesmice e ama mudar de comprimento, de cor e de penteado. Desde que aprendi a olhar para ele e perguntar “e aí, como será hoje?”, somos grandes amigos. Hoje ele se embranquece livremente e cada fio prateado serve pra me lembrar o quanto de vida já tivemos. Essa cor naturalmente adquirida também me avisa que o tempo que temos pela frente certamente será menor do que o que já passou e, por fim, também me adverte a fazer escolhas mais sábias nessa caminhada que ainda está por vir.  Acredite: cuide bem do seu cabelo porque ele também cuida bem de você.