O texto de hoje foi um achado especial: um poema antigo escrito por mim na década de 1980 (provavelmente). Estava perdido dentro da caixa de fotos de família da minha irmã Ana Cláudia e, ao que tudo indica, um agradinho do universo: no post anterior eu mencionei que escrevia diários e tinha um caderno de poemas, lembra? E então me aparece essa folha rasgada e amarelada pelo tempo… Espero que vocês gostem de ler na mesma medida em que eu gostei de encontrar!

 

Se a lua é doce

Mais doce é a noite,

A noite de hoje.

Se o sol é mais quente

Mais quente que a gente,

Que a gente de hoje.

Então, é melhor parar e sentar

E olhar as estrelas,

Sentir seu fulgor.

É muito melhor deixar correr pela noite os sonhos,

Nossos sonhos de amor.

Se a vida é curta

Mais curta é a dor,

A dor de hoje.

Se o mar está cheio

Mais cheio que o mundo,

Enche o mundo de flor.